quinta-feira, março 27, 2008

FAÇAM SEU JOGO, SENHORES

Por Antônio Reis (Jornalista)

Ainda se fala, pouco já, mas se fala, da estapafúrdia operação "Cartas Marcadas", que prendeu, num verdadeiro festival circense, mais de trinta pessoas, em Angra dos Reis, entre empresários, fiscais de instituições governamentais ambientalistas, membros do governo municipal (Executivo), incluindo secretários e outras pessoas a eles ligadas. É claro que, como se esperava, nada avançou até agora, seis meses depois e, mais uma vez e, também como se esperava, a população está sendo rotulada de idiota, de otária, porque se alvoroçou, em alguns casos sofreu, em outros se regozijou, mas tudo em vão. A montanha pariu um rato e até o camundongo inocente se limitou a um gemidinho assustado de momento, logo se calando e voltando a urrar como sempre fez.
Fulano e sicrano eram ladrões, tinham roubado mais de 80 milhões do dinheiro do povo, suado e mal pago, iam ser processados, julgados e condenados, etc. e etc..
Você viu alguma coisa mais acontecer? Nós também não.
Mas vamos supor, agora, um quadro que não é surrealista, que não é apenas divagatório, mas de uma realidade e atualidade assustadoras.
Imaginem que, uns quatro ou cinco meses antes, aí por volta de maio ou abril do ano passado (a denúncia da operação "Cartas Marcadas" foi em setembro, se não me falha a memória), alguém de dentro da prefeitura, do primeiro escalão, tivesse em mãos, devidamente documentado, um dossiê denúncia sobre concessão de licenças ambientais no município notoriamente fraudulentas, abrangendo projetos sem projeto, iniciativas altamente comprometedoras para o meio ambiente angrense e ao arrepio de toda a legislação. E, ainda por cima, sem autorização ou conhecimento oficial da prefeitura, que jamais autorizou esses projetos, que não foi nem consultada, nem tampouco a Agência Nacional das Águas, o Ibama, a Feema ou os próprios órgãos ambientais municipais, como mandam as leis. E imaginemos que tudo isso tenha sido perpetrado por entidades governamentais ligadas a um importante - pelo menos para Angra dos Reis - ministério, com sede, obviamente, em Brasília, mas com secretaria especial no Rio de Janeiro, que, aliás, assinou e expediu as fraudulentas autorizações.
A pergunta que não quer calar é a seguinte:
Se o servidor municipal do Executivo, do alto escalão, tivesse recebido toda essa documentação, devidamente acompanhada das provas fundamentais e, sem dizer nada para ninguém, a tivesse simplesmente engavetado, até hoje, sendo que os responsáveis por essas autorizações fraudulentas fossem altos membros do governo federal, com ramificações no Rio de Janeiro e em Angra dos Reis; imaginemos o que teria acontecido se tudo isso tivesse sido revelado e denunciado ao Ministério Público, logo em abril ou maio de 2007?
Alguém acredita que a operação "Cartas Marcadas" tivesse acontecido? Ou que tanta gente tivesse sido presa e execrada em praça pública?
Nós não acreditamos. Mas ainda é tempo de repor a verdade no seu lugar. De um lado e de outro. E não estamos falando, simplesmente, em aliviar ou limpar a barra de todos os que foram denunciados e presos na citada operação...

terça-feira, março 25, 2008

ELE estava lá!

Por Antônio, o de Cabral (eterno colaborador deste Blog)

Vocês lembram do Carlinhos, o funcionário daquela lanchonete angrense, cujo nome eu disse e repito que não vou repetir? Pois é. Na verdade, ele é o "dr" José Carlos Soares (nome pomposo, não?). O que o nome tem de pomposo, seu dono (dono do nome) tem de vaidoso e metido a pessoa muito mais inteligente que os outros. É brincadeira, Carlinhos! Você é um cara inteligente, sim. Não tanto como você acha, mas é, assim mesmo, mais inteligente que a média dos frequentadores do bar onde você trabalha - e onde o seu talento como contador de histórias não é reconhecido. De qualquer forma, não é mais inteligente do que eu. Quanto a isso, desista! Eu também sou teimoso e metido a bonzão...
Mas aqui vai outra história deliciosa que o meu amigo Carlinhos, agora "dr" José Carlos Soares para os menos íntimos, me contou um dia desses:
Um navio seguia mar afora quando, de repente, não mais que de repente, sofreu uma grave pane - nem o Titanic se lhe compara! - e catrapimba! Afundou todinho, carregando com ele todos os passageiros e tripulantes, menos um.
O abençoado sobrevivente, agarrado a um pedaço de isopor feito de raiz de mandioca - era ecologicamente correto - conseguiu nadar até uma praia, que descobriu ser de uma ilha deserta, perdida sabe Deus onde, no meio daquele oceano imenso. O nosso amigo chegou na praia e a primeira coisa que fez foi ajoelhar e rezar, agradecendo a Deus por ter lhe salvo a vida depois de tão horrendo e trágico acidente. Mas aí pensou: "Meu Deus, eu te agradeço, mas estou morrendo de sede!" Naquele mesmo instante, um coco caiu aos pés dele - estava embaixo de um coqueiro e nem se tinha apercebido.
Voltou a ajoelhar na areia e orou. E agradeceu, porque Deus tinha escutado sua prece. Mas logo pediu: "Senhor, sede eu já não tenho mais. Obrigado! Mas está anoitecendo e eu não possuo um abrigo para passar a noite e..." Não precisou continuar. Meia dúzia de folhas de coqueiro e mais algumas folhas verdes de bananeira, espantosamente trazidas por um vento misterioso, cairam aos seus pés. Com elas, nosso sobrevivente do naufrágio fez uma resistente cabana, que lhe serviu de abrigo seguro nessa noite - e certamente serviria por muitas outras, pois navio parece que era coisa que não passava por aquela rota há anos...
Dormiu e, no dia seguinte, acordou com fome. E se ajoelhou mais uma vez e pediu: "Senhor, me deste com que matar a sede. Obrigado! Me deste com que construir um abrigo. Obrigado! Mas eu estou com fome, Senhor. Vou procurar o que comer. Por favor, me ajuda a resolver mais esta contrariedade". (Mas que o cara era chato, isso era!) E saíu em busca de comida.
De repente, uma tempestade terrível se abateu sobre a praia e a ilha, assim, do nada, com raios e trovôes rasgando os céus como anteprojeto do apocalipse. Assustado, o nosso náufrago se encolheu embaixo de uma laje e esperou que os céus se acalmassem.
Mas não foi isso que aconteceu. Um raio certeiro, como que disparado por um arqueiro campeão olímpico, acertou sua resistente cabana, na praia, feita de folhas e mato e, em poucos segundos, tudo ardia, soltando uma fumaça densa e branca que se elevava nos ares, gingando como bailarina de dança do ventre em noite inspirada. Desesperado, o nosso amigo olhou para o céu e chorou, lamentando-se.
"Pôxa, Senhor! Até agora tens me dado tudo o que eu te peço e eu tenho te louvado e agradecido. Por que, Senhor, mandas agora esta tempestade e o raio que incendiou meu único abrigo? Não me parece justo, Senhor! Me deste tudo e, agora, parece que queres me destruir o pouco que tenho! Por que, Senhor? Que fiz eu para merecer tua ira, desse jeito?"
E continuaria se lamentando e se queixando de Deus, se um apito agudo não despertasse sua atenção nesse instante. Olhou para o oceano e viu um navio de carga ancorado a menos de uma milha da praia. Um bote impulsionado por três marinheiros que remavam vigorosamente navegava para a praia. O nosso sobrevivente esqueceu todas as suas queixas e correu para lá, onde foi abraçado pelos três marinheiros. Um deles, um oficial, riu abertamente e, emocionado, disse:
"Meu amigo, você é um sujeito muito inteligente. Se não tivesse feito sua cabana com folhas secas e verdes misturadas e não tivesse pegado fogo nelas, fazendo aquela fumaça toda, que se vê a milhas de distância, nós teríamos passado ao largo e nem saberíamos que você estava aqui, perdido. Você foi, realmente, muito inteligente!"
Até hoje, os marinheiros não sabem explicar por que o náufrago caíu de joelhos e chorou feito uma criança durante quase uma hora, olhando para o céu.

segunda-feira, março 24, 2008

ANGRA ESTÁ PROMETENDO

Por Tony Varella (antropólogo e colaborador deste blog, a partir de hoje)

Não é de hoje que Angra sofre com numerosos casos de dengue, todos os anos. E não é, apenas, também, nos períodos de maior calor e chuvas. Claro que essas épocas são mais propícias à eclosão da doença mas, infelizmente, ela manifesta-se durante todos os meses do ano, até no tempo chamado seco e frio. Lamentavelmente, o aedes aegipt vive o ano todo. Ocorre apenas que, com calor e mais água, ele prolifera com mais liberdade e rapidez - na verdade, só com mais rapidez, porque liberdade ele sempre teve.
E Angra parece gostar disso. Angra, não; as autoridades responsáveis pela saúde no município, sim. O secretário de saúde, Dr. Amílcar Caldellas, não deve viver neste rincão perdido da Costa Verde. Também não fala nada, como, aliás, é traço marcante de sua personalidade. Talvez porque respeita a antiga máxima popular:"em boca fechada não entra mosca (ou mosquito), nem sai besteira".
A verdade é que o estado do Rio de Janeiro, neste ano fatídico de 2008, registra a maior epidemia de dengue da sua história. A cidade capital pediu ajuda ao exército e evita, de forma politicamente correta, falar em hospitais de campanha. Mas a realidade é que as tendas instaladas para hidratação, exames e outros procedimentos anti-dengue, são isso mesmo: hospitais de campanha diante de uma situação de calamidade pública.
O nosso brilhante ministro Temporão, qual fruta nascida fora do tempo, vem a público, pelas câmeras de televisão, anunciar que o estado está perdendo essa batalha contra a doença. E que, na próxima semana, se os deuses assim permitirem, o exército definirá de que jeito vai prestar ajuda ao Rio.
Estão, mais uma vez, debochando da nossa inteligência.
Mas, como ministro a gente sequer elege... ele é sumariamente nomeado pelo Presidente da República, depois de ouvidos e acomodados os interesses dos aliados e outros companheiros - o povo que se dane! - não nos resta muito mais coisas a fazer, a não ser reclamar e, quiçá, encontrar algum responsável sózinho e de jeito para lhe dar uma coça; brincadeirinha... em democracia, infelizmente, a gente não pode nem chamar de palhaço a quem usa nariz vermelho e rosto pintado, quanto mais dar uma boa coça num deles... Eles podem, claro. Passam a vida nos chamando de otários, palhaços e outras coisas piores. A gente, pobre povo marcado e sofrido, é que não!
Mas, sigamos adiante. Estávamos comentando o caso de Angra dos Reis, pérola de incomparável beleza no litoral da Costa Verde. Aqui, a gente também não deve nem pode xingar ninguém de filho da mãe para cima. Mas sempre podemos reclamar.
Onde estão os carros de fumacê? Os autênticos, não os de fumaça paraguaia. Onde estão as medidas enérgicas - de pé na porta, se necessário for - para acabar com os focos da terrível doença? Não esqueçamos que, lamentavelmente, em Angra morreu um dos dois primeiros bebês vítimas da dengue deste ano, que já fez algumas dezenas de vítimas fatais.
As casas de veraneio, mansões aferrolhadas, casulos de inconfessáveis pecados da "gente bem", continuam fechadas. Abri-las com o uso da força é violêncioa que sequer passa pela mente dos nossos responsáveis pela saúde pública. Serão responsáveis mesmo?
Quantas pessoas vão precisar morrer ainda para sairmos das conferências, palestras, forças tarefa e quejandos contra a dengue e passarmos para uma ação decidida e contundente que nos deixe razoavelmente a salvo da terrível epidemia que, neste trágico 2008, se instalou em nosso estado?
O povo, esse saco de pancadas masoquista - que sempre apanha mas, na hora de votar, troca sua escolha por um milheiro de tijolos ou uma cesta básica, generosamente prometidos pelos nossos candidatos a vereadores - ou, melhor dizendo, varridores, já que o que fazem de melhor é varrer, sabe Deus para onde (e nós sabemos também), o nosso suado dinheirinho, que deveria ser gasto com a execução de obras e serviços de que nós precisamos; pois esse povinho, que tem muito de safado, no sentido elogiável do termo, como disse o saudoso Amoacir Lage, está cansado, literalmente cheio da prosápia desavergonhada de muitos dos sujeitos nos governam e está prometendo, avaliando pelo que se escuta pelas esquinas e vielas da nossa mal iluminada cidade - e na porta do Café Favorito - partir para a ação e começar uma quebradeira como Angra nunca viu na sua história quinhentista. Por isso, senhores (ir)responsáveis, achamos bom que comecem a escutar com mais atenção a voz rouca das ruas. É lá que mora a verdasde e habitam os augúrios da nossa era cibernética.
Pelo que se escuta, os alvos principais e prioritários serão os bens, eufemisticamente ditos duráveis, de alguns de nossos políticos, responsáveis por determinados setores da cidade...

sábado, março 22, 2008

DEUS DUVIDA...

Por Hernandez Quintanilha (Consultor de empresas e colaborador permanente deste Blog)

Eu não sei se é assim que as coisas acontecem em todos os municípios da União. Mas, pelo menos em Angra dos Reis, é deste jeito, meio esdrúxulo, meio absurdo, um tanto sádico, irresponsável e anti-ético ao extremo.
Angra possui uma das maiores redes inauguradas de ESF's, sucessoras dos PSF's (Programas de Saúde da Família). E quando dizemos uma das maiores redes inauguradas queremos dizer isso mesmo; os postos foram inaugurados, com pompa e circunstância, o que não significa que estejam funcionando - ou, pelo menos, que funcionem direito.
Todo o mundo minimamente interessado e informado sabe que os PSF's, ou ESF's, existem para levar a saúde, a prevenção e a atenção do Estado (no caso em questão, do município) até os domicílios do cidadão. Nada mais justo, uma vez que o serviço é pago com o dinheiro desses mesmos cidadãos, via impostos, taxas e tributos.
Ocorre que, agora, os médicos de família, psicólogos, fisioterapeutas, etc., raramente se deslocam até a casa dos pacientes, Eles é que têm que dirigir-se ao posto, como em qualquer outra unidade comum de saúde.
Quem ainda visita a comunidade nos seus lares são os agentes comunitários de saúde. Eles são o elo que estabelece a ligação entre o posto e o cidadão. Até aí, as coisas não estariam tão mal, se não fosse o fato do agente de saúde ter que pagar do seu próprio bolso, na maior parte das vezes, as despesas com transporte ou quaisquer outras que se tornem necessárias para o exercício da sua meritória função. Ou, então, visitarem os cidadãos da sua comunidade nos seus lares a pé ou de bicicleta (sua), não importa o tempo que faça ou a distância a percorrer.
É verdade! O absurdo, o execrável procedimento acontece dessa forma. Até para frequentar um curso ou um seminário que profissionalmente interesse ao agente de saúde e para onde ele, muitas vezes, é mandado pela direção do próprio posto, seguindo instruções da FuSAR - Fundação Municipal de Saúde de Angra dos Reis - uma espécie de toda-poderosa autarquia que comanda a saúde pública - e não apenas a parte administrativa, como quer fazer crer o governo municipal - o pobre do agente comunitário de saúde tem que pagar as despesas, incluindo transporte de ônibus, do seu próprio bolso.
Honestamente! Se existe tanta gente que, sem necessidade, usufrui do direito de um passe ilimitado de transporte público no município, por que os agentes de saúde não possuem?
Afinal, em meio a tanta escumalha que pulula pelos corredores do governo municipal, sem nada de útil produzir, os agentes de saúde desempenham um serviço digno dos maiores elogios e aplausos. Por que tratá-los assim?
E não adianta dizer que a FuSAR fornece passagens aos agentes, porque isso é mentira - ou quase. Para cada posto de saúde ESF, a Fundação fornece, mensalmente, o equivalente a dez passagens, para todos os funcionários. Não é uma vergonha?
Prefeito Fernando Jordão, a população do município, na sua esmagadora maioria - haja vista o resultado das últimas eleições, que levaram a sua incontestável reeleição - nutre pelo senhor um respeito profundo e sincero. Claro que existem os detratores, os cínicos, os que não concordam com a sua forma de governar - afinal, vivemos numa democracia.
Mas essa esmagadora maioria, creio que entre 70 e 80%, não gosta nada, mesmo nada, de certas coisas que ainda acontecem neste município, com certeza nas suas costas e à sua revelia. Por isso acreditamos estar lhe prestando um serviço com esta acabrunhante denúncia. Não está certo, não corresponde ao seu temperamento nem àquilo que o senhor fala e em que nós queremos acreditar, de cada vez que inaugura mais uma obra.
Vamos corrigir isso, prefeito? E se a culpa é da FuSAR, que se detone a FuSAR! O cidadão merece mais respeito, principalmente quando faz um serviço digno e abnegado.
Estamos entendidos? Ficaremos prestando atenção.

sexta-feira, março 21, 2008

NADA CONTRA

Por Vanessa Seik (Biologa e ambientalista e colaboradora deste blog)

Decididamente não tenho nada contra quem defende o seu feijão, mesmo que ele seja mesclado com caviar e champanhe. O feijão desse povo só me inquieta e chateia quando pretende interferir com o meu direito de lutar pelo que eu acho que é meu ou a que eu tenho direito. E me chateia muito mais quando eu vejo que eles estão usando do seu direito (deles) para usurpar o que é de todos e que, por isso mesmo, deveria ser mais respeitado.
Da mesma forma, não tenho nada contra deficientes físicos - tenho, até, um, na família - nem contra quem dirige organizações que tentam lutar pelos seus direitos - dos deficientes. O que me chateia mesmo - e disso não abro mão - é quando se diz que alguém se apodera dos direitos que tem, como responsável por esse setor da sociedade para se dar bem, para tirar dividendos em benefício próprio e, assim mesmo, não vem a público desmentir e provar que tudo isso - que disseram contra ele - é mentira.
Quem não deve, não teme, diz o povo na sua infinita sabedoria. E se Ricardo Dutra nada deve, no que eu quero acreditar sinceramente, por estar à frente da Associação dos Deficientes e Amigos de Angra dos Reis (ADEFAR), já está mais que na hora de mostrar isso para todo o mundo, provando, com exibição de provas, que tudo o que andam falando da sua gestão enquanto responsável pela ADEFAR não corresponde à verdade.
Bem sei que a quem acusa cabe o ônus da prova; isto é, quem acusa é que deve provar que é verdadeira a acusação que faz. Mas eu acho - me desculpem se estou errada - que quem cala consente. E Ricardo Dutra não merece carregar esse fardo de delinquente e deve mostrar para a sociedade que é inocente, que nunca se aproveitou da sua deficiência nem do lugar que ocupa como presidente da ADEFAR para se beneficiar pessoalmente, à custa da entidade que dirige e dos associados que nele confiam.
Estou certa, Ricardo Dutra? Então, está esperando o quê?
Outubro de 2008 está aí e você, certamente, não vai querer morrer na praia. Não é mesmo?

quarta-feira, março 19, 2008

AINDA A POEIRA...

Por Antônio Reis (Jornalista)
Ontem escrevi aqui sobre a poeira de corrupção que vem assolando Angra dos Reis nos últimos meses, referindo, inclusive, a hipótese de alguém se lembrar de abrir a caixa de Pandora dos cartões corporativos angrenses - que muita gente pensa que não existem; mas que existem, existem!
Depois disso, um amigo que leu a matéria lembrou de outros escândalos não muito antigos e que ainda estão na memória de todo o mundo. Nós não tínhamos pensado neles. São tantas emoções... não é mesmo?
Pois esse leitor complacente foi buscar três exemplos (vejam só como são as coisas) que deram muito o que falar na época.
O primeiro foi o do escândalo do
Prosanear. Estão lembrados? Aquele projeto megalômano (mais de vinte milhões de reais, na época era dinheiro pra burro, para sumir pelo ralo assim, de uma hora para a outra!) que pretendia promover o saneamento básico do município de Angra dos Reis. Foi um projeto fantástico, tornou-se referência mundial, elogiado até pelo Banco Mundial, que, por sinal, financiou a obra. Mas o que é que estamos falando? Financiou que obra? O Prosanear, projeto inventado e lançado quando era prefeito o (hoje) nosso deputado federal Luís Sérgio (exatamente; o petista que, hoje, é relator da CPI dos Cartões Corporativos, em Brasília) serviu apenas para ligar nada a coisa nenhuma, frase que usei sobre o tema quando escrevia para um outro semanário angrense. E serviu, claro, para engordar algumas contas bancárias, pois as dezenas de milhões de reais sumiram e a obra evaporou no esquecimento conveniente do judiciário.
Depois, o leitor complacente lembrou do
caso das notinhas, envolvendo vereadores, alguns ainda hoje na governança, outros falecidos já, uns poucos alijados da casa legislativa por vontade do povo. Esse caso chegou a ser investigado, julgado e tudo o mais, mas nada aconteceu. Por que terá sido? Porque o rombo foi pequeno e não vale a pena estar mexendo e perdendo tempo em coisas tão insignificantes? Vá saber...
Por fim, o nosso leitor amigo recordou o caso de um famoso ocupante de primeiro escalão do governo municipal que foi indiciado por agiotagem, cárcere privado e
otras cositas más. Quanto a esse, a informação que tivemos é que o caso tinha sido arquivado e nada mais consta contra o referido ex-ocupante de cargo de primeiro escalão. E quem somos nós para dizermos o contrário? Apenas mais uma lembrança que se esfumaça como poeira na penumbra dos tempos e das conveniências entre parceiros.
"Você não fala de mim e eu não falo de você!" Simples assim. Afinal, como diz a propaganda, "o mundo é de quem faz". Quem nada fez, nada tem, nem sequer direito ao mundo em que, presumivelmente, vive.
Como rumor que lembra a tromba d'água segundos ou minutos antes dela bater em nosso quintal, ou o ribombar distante dos trovôes que jamais serão relâmpagos ou raios em nossas fazendas, quais feras furiosas contidas pelas grades invisíveis mas intransponíveis da parceria camarada da impunidade
Como, mil vezes melhor do eu, escreveria Raúl Pompéia, no dealbar da República:
"Os príncipes de encantos fogem encalistrados, debaixo de vaia. Cena de bastidores, só bastidores. E dos camarins na sombra, entre cheiros duvidosos e pragas de comparsas, vêm saindo uns homens pálidos, de mau humor, cansados da comédia.
"E por sob as portas e tapagens, vêm alagar a ribalta das águas sujas das lavagens em que se limparam os pataqueiros, antes de se caracterizar e onde deixaram as tintas de fingimento antes de ir para a cama.
"É a hora das águas sujas. Os a pedidos dos jornais tresandam a sabão servido". (Raúl Pompéia em Jornasl do Comércio, em 22 de junho de 1891).

terça-feira, março 18, 2008

POEIRA DA CORRUPÇÃO EM ANGRA DOS REIS

Por Antônio Reis - jornalista)
Muito se tem falado e escrito sobre operações anti-corrupção pelo país afora. Angra dos Reis não é exceção.
Começou com o caso das plataformas petrolíferas e o envolvimento da Angraporto e de um ex- deputado estadual nascido e criado em Angra.
Logo depois veio a operação Cartas Marcadas, que envolveu mais de trinta pessoas, de diversos escalões do governo, incluindo alguns secretários muito próximos do prefeito, empresários e funcionários de órgãos ambientalistas.
Em seguida e quase emendando nas Cartas Marcadas veio a operação que investiga todos os vereadores municipais. Cada um é acusado de um crime, mas todos eles envolvendo malversação de dinheiros públicos ou tráfico de influência, corrupção ou coisa parecida.
Parece praga, mas não é. Trata-se, simplesmente, da consequência de um sistema político e judiciário flexíveis e permissivos demais, que autorizam, graças a uma sensação de impunidade onipresente na vida brasileira - não apenas na vida pública ou política - desvios de conduta como os apontados pelas operações.
É claro que nem tudo o que se falou, na base dos indícios e das denúncias, algumas vezes vazias, corresponde à verdade. E aí é que está a grande questão: do meio de todo esse joio, como extrair algum trigo sadio?
As denúncias oficiais, da parte das autoridades, não deveriam ser feitas apenas depois de apurados todos os fatos, de reunidas todas as provas irrefutáveis, cabendo aos juizes apenas avaliar o tamanho do crime e estipular as penas cabíveis? Penso que sim. Mas não é dessa forma que as coisas parecem estar acontecendo, o que nos remete, mais uma vez, para a possível ação orquestrada com fins políticos eleitoreiros.
No entanto, esse é outro dilema: muito do que se afirmou publicamente corresponde à verdade dos fatos. Separar uns casos de outros deverá ser um trabalho premente, para que, por um lado, inocentes não estejam sendo cruxificados em nome de uma falsa moralidade da res publica e, por outro, os cidadãos, moradores de Angra, neste caso, não venham a ser feitos de idiotas, como tantas vezes tem acontecido.
A verdade é que dizem os mais antigos que o saudoso Chico Xavier, o eminente kardecista, se recusou a entrar em Angra porque, segundo ele, a aura que envolvia a cidade era negra, pesada demais. Seja isso real ou não, todos nós sabemos que algumas coisas não são apenas poeira de corrupção. São fatos. E seria bom que esses fatos começassem a aparecer, até para que sejam devidamente desmascaradas quaisquer armações ou orquestrações políticas que estejam por trás das denúncias.
Ainda há dias alguém perguntava: "O que virá a seguir? Escândalo de cartões corporativos em Angra? Felizmente aqui não existem esses cartões..."
Quem disse que não existem? São conhecidos casos de gente que paga boa parte de suas despesas e de suas amiguinhas (por estar na moda metê-las no meio do barulho) com cartões corporativos de associações, clubes, sindicatos e outras agremiações, cujos dinheiros deveriam servir, apenas, para ações a serviço daqueles que por elas são representados - muitas vezes são dinheiros vindos de cofres públicos, outras vezes do bolso dos associados ou parceiros.
Quem sabe alguém começa a espalhar toda essa bosta nos ventiladores da nossa outrora tão pacata e bucólica cidade...

segunda-feira, março 17, 2008

Sua fé vale 100 "Folhas"

Por Hernandez Quintanilha (Consultor de empresas e, a partir de agora, colaborador permanente deste blog)
A última da Igreja Universal é difícil de imaginar. Muitas têm sido as técnicas utilizadas para angariar fundos do bolso dos fiéis diretamente para os cofres da entidade religiosa. Umas foram criativas, outras não tanto. Algumas até cairam no anedotário popular. Lembra daquela que dizia "Vamos ver qual é o tamanho da sua fé"?
Pois é verdade. Esta última, veiculada pela mídia escrita e televisionada foi dentro do mesmo estilo, mas com requintes de muito maior sofisticação.
Na Catedral da Fé, em Santo Amaro, São Paulo, pontifica, nos cultos, o patrão mor da IURD, o senhor Edir Macedo.
Pois num destes últimos eventos dessa agremiação, que não é seita religiosa, foram dispostos no palco diversos pacotes de 100 exemplares do semanário "Folha Universal", periódico publicado pela Universal e vendido a R$ 1,00 a unidade.
E o pregador exortava os fiéis a comprarem, no atacado, maços de 100 jornais (que nem precisariam carregar, pois o pessoal da entidade religiosa os levariam para hospitais, prisões, comunidades carentes, etc.) E acrescentava, mais ou menos assim: "Se você não pagar os cem reais pelos jornais que se destinam à evangelização, então é porque você não acredita na evangelização; se você não acredita, é porque não tem fé". Se não tem fé, não serve para Deus...
Ora, façam-me o favor de não insultar a minha inteligência! Nem a dos milhares e milhares de seguidores da IURD!
Post scriptum: Refiro-me à IURD como entidade religiosa porque, para mim, não se trata de uma igreja, mas, sim, de uma entidade religiosa. Me recuso a considerá-la uma igreja! É uma questão de opinião.

sábado, março 15, 2008

PSDB/Angra dos Reis (Finge que existe e nós fingimos que acreditamos)

Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, já foi uma região de grandes nomes da política nacional. Raul Pompéia, Honório Lima, Padre Júlio Maria e tantos outros aí estão, registrados para a posteridade nos anais da história política deste país, especialmente na vigência da República, a nos lembrar que, fazer política, em Angra, já foi uma coisa séria. Já foi! Infelizmente, não é mais. Os chamados políticos atuais mudam de partido, de ideologia e de interesses como quem muda de camisa, todos os dias, para ser considerado uma pessoa higiênica...

Um dos partidos que sempre desempenhou um papel importante no cenário angrense foi o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
O que está acontecendo com esse partido, atualmente?
Até há uns anos atrás, quatro para cinco, estava na mão de uma família que o usava como se fosse parte de uma loja de rações e insumos agrícolas. Isso acabou, não porque as executivas regionais ou a nacional do partido tenham tomado qualquer posição a respeito, mas porque a justiça acabou caindo de olho em cima do seu presidente, então secretário do governo e fuincionário de uma estatal. Fingindo que trabalhava nos dois locais e recebendo salários polpudos dos dois lados. Até hoje ninguém sabe o que aconteceu efetivamente porque ficou por isso mesmo. A prefeitura de Angra dispensou os serviços do umbíquo funcionário e a estatal esqueceu dele. Finalmente, diante das denúncias, a Regional do PSDB do Rio de Janeiro decidiu intervir no partido em Angra e acabou nomeando uma Comissão Provisória que se tornou definitiva com a realização da competente Convenção.
E, aí, começou mais uma saga para o partido. A despeito dos esforços de uma parte da Executiva municipal, um grupo influente e mais numeroso, à revelia da presidência da Executiva e do Diretório, estabeleceu um acordo esdrúxulo, impensável na época para quem tivesse bom senso, aliando-se ao PT, partido oposicionista de triste memória.
Não deu outra. O PT (e os seus aliados) perdeu feio nas eleições de 2004 para o grupo de Fernando Jordão, que se reelegeria com uma expressão esmagadora. Os candidatos a vereador que integraram a estranha aliança, até hoje não explicada pela então presidência da Regional do Rio, que a abençoou e apoiou, sentiram-se traídos ainda durante a campanha (todo o mundo sabe e já sabia na época, que o PT não dá nada para ninguém; apenas usa quem acredita em suas promessas e, depois, um chute na bunda está de bom tamanho). Muitos tucanos de Angra, diante da traição, sumiram do partido, mudaram de sigla, alguns até já faleceram.
Em 2007, tentando retomar o partido e reabilitá-lo, o grupo traído de 2004 esteve presente na Convenção. Mais uma vez, a presidência da Regional do Rio não cumpriu os Estatutos e, sumariamente, afastou todo o mundo, nomeando uma nova Provisória que, entretanto, caíu de pára-quedas no pobre e flagelado PSDB de Angra dos Reis. Por um lado, gente que nada tinha a ver com o partido nem com seu conteúdo programático, foi aglutinada em volta de um tucano há muitos anos ausente de Angra, embora aqui nascido e que foi nomeado interventor e presidente da Provisória, juntamente com um arrivista que já passou por uma dúzia de siglas e jamais saíu de onde o plantaram - uma vara torta que, impossivelmente, tenta produzir uma sombra direita, parece-nos. Sem alardes, sem anúnciar nada para ninguém que pudesse atrapalhar - apesar do grupo que se sentiu traído continuar lutando junto à Regional do Rio, sem sucesso, para que os estatutos do partido fossem cumpridos - realizaram uma Convenção e elegeram uma Executiva, um Diretório e todos os demais órgão estatutórios, devidamente homologados pelo Rio e pelo TRE, tentando ninguém sabe o que, embora haja quem garanta que se pretendia negociar com os sucessores de Fernando Jordão em 2008. Que coisa feia!
Na verdade, o que está acontecendo com o PSDB? Será que os responsáveis nacionais sabem? E aprovam? Já não duvidamos de nada, depois da farsa que está sendo, em Brasília, a CPI dos Cartões mCorporativos. Mas, para isso, é preciso que alguém responsável se manifeste.
E, sobretudeo, que venha a público explicar o que está acontecendo e por que é que o presidente do partido, em Angra, só larga seu refúgio eleitoral noutras plagas fluminenses de um em um ou dois em dois ou... sei lá, meses, para vir até à pérola da Costa Verde conduzir, realmente, os destinos do partido que aqui representa. E por que é que os filiados tucanos destas paragens jamais são informados da real e honrosa visita.
Há mais sobre o assunto e falaremos oportunamente!
Em tempo: O autor destas linhas fala com conhecimento de causa, uma vez que exerceu o cargo de presidente do partido em Angra durante quatro anos e meio.

quinta-feira, março 13, 2008

SE EU FOSSE MOSQUITO... / por Vanessa Seik (bióloga e ambientalista e colaboradora deste blog, a partir de hoje)

O crescimento de casos de dengue no país, em especial no estado do Rio de Janeiro, vem preocupando as autoridades sanitárias. Só no mês de fevereiro e até o meio de março já ocorreram mais casos do que em todo o ano passado.

Um dos aspectos que, este ano, mais vem preocupando, é a incidência de dengue em mulheres grávidas, incidência que já atinge um número alarmante. A doença acaba atingindo o feto e a criança nasce já com o virus instalado e pronto para fazer o seu tenebroso papel.
Dois bebês já morreram este mês, um no Rio e outro em Angra dos Reis.
E aqui é que as coisas se complicam. Não existe um plano credível na área de saúde pública em Angra para combater o aumento assustador dos casos de dengue no município. A prefeitura lançou uma campanha designada pomposamente de "força tarefa contra a dengue" que vem percorrendo o território municipal, vastíssimo, fiscalizando quem permite que isso se faça, adotando algumas medidas profiláticas, mas com resultados pífios, ao que se conclui diante do número de casos registrados e que dão entrada diariamente no pronto socorro municipal e nos postos de saúde. Isso, apesar da FuSAR, a toda poderosa fundação que comanda a política de saúde pública no município, mandar a secretaria do setor anunciar pela mídia que a situação da dengue no nosso territ[ório está absolutamente sob controle. Balela, mais uma de tantas de certos segmentos do governo municipal que, à revelia da boa vontade, competência e determinações do prefeito, executam um péssimo serviço à cidade. É mais ou menos assim como se Fernando Jordão perguntasse aos responsáveis pela vigilância sanitária e controle de vetores: "Vocês estão usando o fumacê?" Os ditos (ir)responsáveis balançam enérgicamente a cabeça e respondem: "Claro, prefeito.Ainda ontem (13 de março) passamos com o fumacê em todo o bairro da Banqueta!"
Todo o mundo sabe que este bairro, hoje totalmente abandonado pelo poder público, é uma das regiões mais sensíveis no caso da dengue, dadas as suas características especiais.
Realmente, o carro do fumacê passou por lá no dia 13 de março. Mas circulava tão rapidamente e soltava uma colunazinha de fumaça tão micha que quem viu não pôde evitar cair na gargalhada.
Ah! Se eu fosse mosquito, especialmente um aedes aegipt, com certeza iria me esbaldar e estrebuchar de tanto rir, diante do cômico e burlesco espetáculo da pic-up do fumacê.
Vamos ter um pouco mais de respeito pelo cidadão que paga os seus impostos, e não são poucos, e vergonha na cara. Se é para fazer, que se faça bem feito. Ou, então, não se faça e se diga honestamente: "Não temos gente competente para isso". O pessoal vai entender...
Como está acontecendo - e piorou muito de há uns três ou quatro meses para cá - é um escárnio, uma ofensa aos moradores desta bela cidade, onde, repita-se, se verificou um dos dois óbitos de bebês vítimas de dengue, no estado do Rio.

terça-feira, março 04, 2008

PARA ONDE CAMINHAMOS?

O que vem acontecendo no Brasil é de um surrealismo, de uma estapafurdice tal que, certamente, até Deus duvida. Dois dos principais Poderes da Nação, o Executivo e o Judiciário, se envolvendo numa briga sem sentido, ditada, é bem verdade, pela língua comprida do nosso Presidente, o nosso IGM (Iluminado Guia Maior). Não é que ele mandou um Ministro do STE e do STF meter o nariz em... seus próprios assuntos e deixar de se imiscuir nos assuntos do Executivo? E tudo isso porque o Ministro chamou a atenção para o corpo de uma lei, antiga e quase sempre respeitada - pelo menos sem punição - que diz que, em ano eleitoral, estão vedadas ações do Executivo que possam parecer eleitoreiras. Na verdade, o lançamento de um programa assistencialista de mais de um bilhão de reais em ano eleitoral é o quê, principalmente se os autores dessa esmola tão pródiga são os maiores interessados em que o povão, os bolsões de miséria beneficiados, votem macissamente nos candidatos do Partido que faz a generosa doação? Ora, façam-me o favor!! E, como se isso não chegasse, o nosso IGM ainda aconselha o Ministro do Supremo a se candidatar a um cargo político, para poder dar a sua opinião! E, no dia seguinte, vem dizer que foi apenas um palpite! Um palpite vindo de um Presidente da República é demais, não é, não?
Só estou esperando o "palpite" do nosso IGM na situação explosiva que envolve a Venezuela, o Equador e a Colômbia. Aí, sim, Presidente. Aí, o senhor deveria dar palpite; e até mais do isso. Como presidente de um país com a importância do Brasil, o senhor deveria, já que as coisas estão acontecendo paredes meias com nosso país, quase no nosso quintal, ser a VOZ, o árbitro inconteste para solucionar a questão de uma vez. Mas talvez isso fosse pedir demais. Veremos.
Para cúmulo da brincadeira, o Partido do nosso IGM resolveu processar o Ministro do TSE e do STF!
Tenho para mim que, assim, já é demais...