sábado, junho 28, 2008

O MINISTRO DA SAÚDE E A EMPADA

Vanessa Seik

Ambientalista e bióloga

Colunista do jornal A Palavra (realart@ig.com.br)
de Angra dos Reis,litoral sul fluminenn
se

Mais de vinte crianças já morreram em hospital do Pará, por falta de estrutura e recursos, médicos, para-médicos e físicos; inclusive financeiros e de gestão.

Pelo país todo, salvo raras e honrosas exceções, o quadro geral da saúde pública é calamitoso, devastador de vidas, de consciências e de esperanças.

Angra dos Reis, de onde estamos escrevendo, não é diferente, pese embora o discurso afinado dos responsáveis que, enquanto tentam dourar a pílula com a promessa de melhorias e divulgação de excelentes mas duvidosos resultados, nesta ou naquela área, vão acrescentando que muito ainda há por fazer... e não é feito, como uma reforma séria e honesta da política de saúde da região.

Hospitais de todo o Brasil, postos de saúde e pessoal do corpo clínico, especialistas das mais diversas modalidades médicas da área pública, clamam contra a falta de condições de trabalho e de investimento na saúde, o que leva à doença (prevenir é o melhor remédio) e, com uma freqüência aterradora, à morte de milhares de cidadãos.

O programa Saúde da Família, criado inteligente pelo governo de FHC, no tempo em que José Serra era ministro da saúde, foi sendo sucateado e hoje quase não existe mais, na maior parte do Brasil.

Em Angra até já mudou de nome. Mas não mudou o seu sucateamento. Hoje chama-se, eufemisticamente, Estratégia Saúde da Família (ESF). A mudança de nome não melhorou o programa. Pelo contrário. Os princípios básicos que regulavam o seu funcionamento foram desaparecendo, como poeira no espaço.

A verdade é que, a nível nacional, apesar da propaganda ao SUS - outra grande idéia que está sendo sucateada, - os cidadãos, sofridos e mal pagos, vão sendo vilipendiados, despidos de alguns de seus mais elementares direitos, como o da saúde, previsto sabiamente na Carta Magna de 88: faltam médicos, remédios nas farmácias sociais, as farmácias de R$ 1,00 são uma piada (em Angra, por exemplo, você dificilmente encontra o remédio de que precisa e que “está em falta” na farmácia social, ou que lhe tenha sido receitado por qualquer médico, o programa que obriga o Estado a fornecer determinado medicamento, cujo preço a maioria da população não pode pagar, é tão burocrático que se torna ineficaz, a fiscalização às instituições e serviços da saúde pública (seja federal, estadual ou municipal), quando feita, não resulta em nada, mesmo quando se detectam situações de gritante fraude, malversação de dinheiros públicos, péssimas gestões. Enfim, a lista de mazelas da saúde é vastíssima e muito triste de enumerar. Todo o mundo a conhece, dos pacientes aos governantes.

Enquanto isso, o nosso preclaro ministro da saúde, José Gomes Temporão, teve a brilhante idéia (pelo visto apoiado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) - é impressionante como se criam siglas milagrosas e enganadoras para iludir o povo fornicado e ... você sabe o resto - de avançar contra os fast foods, hanburger, cachorro quente, salgadinhos, refrigerantes, sorvetes e outros alimentos por eles considerados potencialmente perigosos para os jovens e crianças! Simplesmente, o ministro deve ter perdido a noção do que faz e do mundo e época em que vive!

Recentemente, uma caixa do diário O Globo, sob o título “E a empada, ministro, pode?”, isso porque o pai do nosso brilhante governante, o português José Temporão, no seu restaurante no centro do Rio de Janeiro, tem como atração e orgulho da casa, a famosa empada de camarão, cuja receita é secreta, mas deliciosa, dá a medida do tamanho da bobagem ministerial. E o papel da Anvisa, em todas estas décadas, do discernimento e autoridade dos pais, do Conar (Conselho Regulador da Atividade Publicitária), etc., onde ficam? No lixo? E os prejuízos à economia nacional? E à liberdade de escolha do cidadão?

Em resumo: com tantos e tão mais graves problemas na saúde pública, o responsável maior, nesta era lulo-sindicalista maluca, não tem com o que se preocupar?

Sinceramente, senhor ministro, com todo o respeito, o senhor só pode estar brincando, gozando com a nossa cara e paciência. Não é mesmo?

Por favor, senhor ministro, volte ao trabalho para o qual foi escolhido pelo seu guru. Reforme a saúde pública, salve a vida de milhares ou milhões de cidadãos doentes deste país. E pare de nos amolar com tanta sandice! Com todo respeito!

terça-feira, junho 24, 2008

PMDB DE ANGRA DOS REIS EMPLACA SEU CANDIDATO

Antônio Reis
Jornalista do jornal A Palavra (de Angra dos Reis/litoral sul fluminense)

A 15 dias do início das campanhas eleitorais para as eleições municipais, a pérola da Costa Verde, Angra dos Reis, vive momentos de acirrada disputa na composição de suas chapas, majoritária e proporcional.
Três candidatos se perfilam no horizonte da provável eleição para prefeito. Tuca Jordão (PMDB), proposto e apoiado por Fernando Jordão (PMDB), atual prefeito no final do seu segundo mandato, com João Massad (DEM) como vice, Conceição Rabha (PT), vereadora e ex-vice do anterior prefeito, também do PT, partido que governou Angra durante 12 anos, até à vitória esmagadora de Jordão em 2000 (re-eleito também em 2004 com maioria sobre Lia Gama, igualmente do PT, partido que não deixou boas recordações no município), e Gediel de Castro (PDT), empresário da pesca e ainda sem muita expressão na maioria dos setores angrenses. João Massad (DEM), que chegou a ser indicado como candidato pelo seu partido, acabou recuando e reiterou seu apoio ao candidato de Fernando Jordão que, dessa forma, ganhou mais força e conta, agora, com o apoio de 15 partidos.
A história das indicações deste ano tem sido conturbada.
O PMDB saiu primeiro, com a pre-candidatura de um candidato virtualmente eleito, Bento Pousa Costa, ex-secretário de Integração Governamental do atual governo e, no dizer do próprio prefeito, seu braço direito e braço esquerdo, na realidade o grande idealizador e executor das obras e reformas estruturais, políticas, econômicas e sociais realizadas no município, que Fernando Jordão teve a ionteligência de estudar e aprovar. Depois, por pressão do governo do Estado (Sérgio Cabral, Picciani e outros líderes estaduais, aliados de Jordão), defenestrou Bento P. Costa e mudou sua indicação para Tuca Jordão, primo de Fernando e ex-secretário de Habitação. No caminho sempre esteve um outro pre-candidato forte e popular, ex-deputado estadual, também do PMDB, Aurélio Marques. Com um diretório rachado, Fernando Jordão, na verdade à frente do partido, conseguiu a intervenção estadual e logrou nomear toda uma comissão provisória de sua preferência, que afastou definitivamente o incômodo ex-deputado e seu vice em 2000. Finalmente, com o apoio declarado do candidato do DEM, João Massad, ele mesmo ex-chefe de gabinete de Fernando Jordão, o clima se pacificou, apesar da grita de Aurélio, que perdeu qualquer chance.
Quanto a Gediel de Castro, hoje líder do PDT, a estratégia que ele utilizou no PDT foi semelhante à que Jordão usou no PMDB. Intervenção, nomeação de uma comissão provisória da sua simpatia política e sua indicação definitiva para a candidatiura a prefeito. Não se pode dizer que suas chances sejam muitas, mas ele já se intitula o candidato da terceira via. Veremos.
Quanto ao PT, apersar da honestidade e sobriedade irrepreensíveis de Conceição Rabha, suas chances são vistas com reservas por muita gente, em especial por causa do passado pouco confortável do partido na região. Ela vem apoiada, até agora, pelo deputado federal Luiz Sérgio Nóbrega (o que, para muita gente, pode não ser uma ajuda) e por mais três ou quatro partidos de esquerda, sem muita expressão no município.
Fala-se, também, de uma candidatura pouco plausível de duas mulheres do PR: Neuza Nardelli, ex PT e vereadora e Vilma Teixeira, também vereadora e ex PSL, que seriam apoiadas por uma parcela de evangélicos da região. Neuza é uma batalhadora, competente e séria, mas pouco carismática porque está há muito tempo afastada das lides politicas e também carrega o estigma de ter sido petista; Vilma enfrenta rejeições muito fortes mas, em política e dependendo do apoio dos evangélicos, especialmente da IURD, a que pertence, tudo pode acontecer.
Quanto ao PSDB, hoje comandado não se sabe exatamente por quem, nada transpira, ninguém se manifesta. É lamentável. (A propósito, as nossas condolências sinceras à família de Fernando Henrique Cardoso, pelo falecimento de Dona Rute).
As próximas semanas poderão definir melhor o quadro político-eleitoral em Angra dos Reis.
Esperemos, pois.

quinta-feira, junho 12, 2008

ANGRA DOS REIS PODE SE ENVERGONHAR


Hernandez Quintanilha

Administrador de empresas e consultor

da Redação do Jornal A Palavra, de Angra dos Reis/RJ

Angra dos Reis tem muito do que se orgulhar, ao longo dos seus mais de quinhentos anos de vida. Nomes que brilham como estrelas fulgurantes na eternidade da História. Nomes que figuram e continuarão a figurar como referenciais na cultura, na política, na arte, na cultura cênica e plástica, na literatura, na construção deste país imenso, rico e poderoso, deste gigante que sequer começou a despertar e já suscita polêmicas e cobiças.

Lopes Trovão, Raul Pompéia, Padre Júlio Maria, Prof. Jair Travassos, Câmara Torres, Brasil dos Reis, Cônego Bitencourt, Honório Lima, Arthur Vargas, Cunhambebe, Alípio Mendes e tantos outros, para citar apenas alguns nomes brilhantes de heróis que já deixaram o nosso convívio mas que registraram suas obras e feitos extraordinários inscritos no grande livro da história desta jóia da Costa Verde.

Infelizmente, existem as antíteses. Isto é, nomes que pretendem, enquanto atuantes, permanecer na memória do povo, da cultura e da história mas que, lamentavelmente, participam de acontecimentos que apenas os deslustram e deslustram a terra em que viram a luz do dia pela primeira vez.

Sabemos que haverá muita gente que não concorda com nossa opinião. Para isso vivemos hoje, felizmente, numa democracia, onde as opiniões e idéias são livres e podem ser expressas livremente.

Estamos falando da malfadada CPI dos Cartões Corporativos que, em tão desastrada hora, foi aberta no Congresso Nacional. Depois de muitas denúncias, de apresentação pública de evidências de abusos com o dinheiro de todo um povo que luta desesperadamente para poder pagar os impostos que vão alimentar as mordomias e voracidade de umas centenas de políticos ambiciosos e inescrupulosos, em Brasília, nos estados e nos municípios, depois da amostragem pública de números e mais números vergonhosos que escandalizaram a nação, a preclara Assembléia, através da sua Comissão Parlamentar de Inquérito, chegou à terrível e brilhante conclusão de que, afinal, não aconteceu nada. Ou melhor, tudo o que aconteceu foi uma sucessão de equívocos. E quem tirou essa espantosa ilação? O seu relator. E quem foi ele? Desgraçadamente, o porta voz oficial dessa ultrajante conclusão foi um angrense, um deputado federal petista que deveria, com mais verticalidade, dar um exemplo mais digno dos grandes nomes do passado de sua terra. O nobre deputado federal Luiz Sérgio Nóbrega não é melhor nem pior que seus congêneres de Brasília. Unicamente, dessa vez, ele foi o escolhido (eleito?) para ser o relator, o porta voz final dessa palhaçada em que, (pasme-se, como todo o país se pasmou), mais uma vez, os chamados representantes do povo mergulharam (e como!) e em que até a chamada oposição deu uma forcinha.

Pois é. Me desculpem os leitores e amigos, especialmente os petistas angrenses - entre os quais temos muitos amigos e que mereciam, na minha modesta opinião, uma melhor representatividade – mas Luiz Sérgio foi a bola da vez em mais uma encenação grotesca daquilo em que vem se transformando a política brasileira. Costuma-se dizer que ninguém é perfeito. É verdade. Mas também se diz, com propriedade, que cada povo, cada grupo social, tem os líderes que merece em cada momento da sua história.

quarta-feira, junho 11, 2008

VIAÇÃO SENHOR DO BONFIM - CUSTO DE PASSAGEM SOBE E SERVIÇO PIORA

Antônio Reis
Jornalista


Referimos em nossa última postagem, que as coisas não estavam melhorando nos serviços ou desserviços prestados pela Viação Senhor do Bonfim, em Angra dos Reis, Costa Verde fluminense, e que voltaríamos ao assunto. Infelizmente, temos que cumprir a promessa por mais uma desagradável surpresa da empresa monopolista que explora esse serviço público nesta pérola da costa sul fluminense. É que, apesar das promessas recentes do nosso prefeito, o custa das passagens na Bonfim, subiu de novo. Era de R$ 2,00; passou para R$ 2,10. E o aumento aconteceu sem aviso prévio, sorrateiramente, pegando todo o mundo de surpresa, na madrugada do último domingo, dia 8. Teve gente que, desprevenida e porque o dinheiro, infelizmente, não abunda em seus bolsos, acabou nem viajando.
Quanto ao serviço prestado, esse, sim, piorou.
As linhas que coincidem com entrada e saída das crianças nas escolas continua sendo feito com um único carro, para elas e para os passageiros comuns, numerosos, levando à superlotação, especialmente de crianças bem pequenas, como acontece com quatro horários da linha da Banqueta, por exemplo. A escola primária do bairro, através dos professores, da direção e dos pais de alguns alunos, já cansou de pedir à empresa que coloque mais um carro nesses horários ou próximo deles, mas a Bonfim continua tratando todos com um desprezo olímpico, preocupada, apenas, em aumentar seus lucros – os funcionários recebem, pelo serviço árduo de muitas horas de labuta, um salário aviltante – as viaturas vão se degradando, sem a devida manutenção, como pode ser constatado por qualquer passageiro, os horários são desrespeitados, com o ônibus saindo do ponto inicial bem antes da hora estabelecida, levando os usuários a perder a viagem, os motoristas e cobradores são freqüentemente trocados por outros que desconhecem a linha, o percurso, ignoram o local dos pontos de parada, até porque muitos desses pontos, além de não estarem devidamente sinalizados, não raro estão encobertos pelo mato que cresce nas beiradas das estradas. Pontos são criados e extintos com freqüência, sem explicações e sem respeito pelos passageiros que, afinal, são quem enche os cofres da empresa. Um dia desses, para revolta dos passageiros, na linha da Banqueta, por exemplo, uma estrada sinuosa e perigosa, com diversas e benfazejas lombadas – que têm ajudado a que os acidentes não se multipliquem – um motorista novo e meio louco, além de não conhecer o percurso, achou que aquela era uma pista de autódromo. Percorria a estrada a uma velocidade desmedida, desrespeitando os pontos de parada, cuja localização também não conhecia e colocando dezenas e dezenas de crianças das escolas em risco de vida, pisava fundo no acelerador. De repente, uma lombada, que ele nem conhecia, uma batida violenta e uma das crianças, de uns cinco anos, aluno da Escola Orlando Gonçalves, no bairro, foi jogada violentamente contra os ferros de proteção à porta de saída, Uma pancada brutal e um fio de sangue escorrendo da boca do infeliz garoto. Nada de mais grave, dessa vez, além do susto e da dor da criança e da aflição da irmã mais velhinha que o acompanhava. O motorista pouco se preocupou. Apenas reduziu um pouco a velocidade, diante da gritaria irada dos passageiros. O cobrador, também novo no pedaço, saltou seu lugar, preocupado, e veio conferir o estrago. “Não foi nada de mais não. Pode seguir...”, gritou para o motorista. Nas verdade, o que tinha acontecido era, simplesmente, um caso de polícia!
A este ponto chegamos, diante do descaso de uma empresa monopolista que ilegalmente explora o serviço de transporte coletivo em Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro, para quem está esquecido...
E tudo isso diante da passividade da nossa prefeitura, que, diga-se de passagem, dispõe, até, de uma secretaria de transportes. Só não entendemos para quê...
Faz lembrar uma antiga canção popular que dizia, mais ou menos: “Mamãe, o Tonico me bateu. Deu uma pisada no meu pé e ainda por cima, mamaezinha, roubou meu picolé! E você não faz nada, mamãezinha?” Parte da população do populoso bairro está pensando seriamente em tomar medidas drásticas. Tomara quem sim. E aí? Como é que fica?

sábado, junho 07, 2008

Quer qualidade de vida? Faça a escolha certa desta vez

Valter Ornellas


(Presidente da CDL/Angra)

de Angra dos Reis/RJ/Brasil


Uma da grandes incertezas da humanidade foi o que aconteceria com a virada do século.

Oito anos se passaram e o que podemos avaliar é que, apesar das grandes descobertas e transformações, que marcaram o século passado e que foram vitais para o desenvolvimento do ser humano, muita coisa ainda não mudou neste século atual. Olhando ao nosso redor, vamos descobrir que não houve mudança comportamental de atitude capaz de interagir com o dia a dia do cidadão brasileiro.

Podemos afirmar que a democracia bem exercida é benéfica para a sociedade. O que não dá para aceitar é que, após duas décadas de democracia, mesmo depois de tantas decepções, ainda não tenhamos aprendido a eleger nossos políticos Ainda há cidadãos e cidadãs que fecham os olhos na hora de fazer suas escolhas. É fundamental que cada eleitor esteja consciente de suas obrigações, exercite diariamente o seu aprendizado, conhecendo e avaliando os candidatos que irão comandar o futuro de nossas vidas.

O brasileiro age na contramão da razão, quando abandona à própria sorte o cumprimento de seu dever de cidadania que é o voto.

Não é preciso ser um catedrático em política para fazer a escolha certa; mas, sim, estar atento às notícias que são veiculadas pelos meios de comunicação. È preciso prestar mais atenção aos jornais e telejornais, pois eles são a grande ferramenta da informação, na hora da avaliação.

O grande desafio para o Brasil é acabar com o analfabetismo, pois ele é o principal instrumento dos políticos de má fé, que articulam com a falta de preparo do eleitor.

O Estado precisa criar mecanismos de crescimento econômico sustentável, atraindo investidores que priorizem a geração de emprego.

O assistencialismo é uma ferramenta muito utilizada por governos que tentam esconder da população a incompetência para criar um ambiente favorável às necessidades de geração de renda e trabalho.

Portanto aqui vai um lembrete: a única forma de, pelo menos, sonharmos com um futuro promissor para os nosso filhos e netos , é sabermos escolher os nossos governantes.

O Brasil é um país de riquezas incalculáveis. Não podemos deixar que pessoas inescrupulosas se apossem de nossa maior riqueza que é o orgulho de sermos brasileiros. Cabe a nós mudarmos o rumo de nossa história, fazendo valer a nossa vontade, e não a de alguns que se acham espertos demais.

sexta-feira, junho 06, 2008

Linguagem de surdos na rede municipal de ensino de Angra dos Reis/Brasil


Da Redação

do jornal A Palavra

de Angra dos Reis/RJ

Brasil

Foi lançado no Teatro Câmara Torres, em Angra dos Reis, litoral sul fluminense, Estado do Rio de Janeiro, o projeto “Educação e Turismo Promovendo a Inclusão”, desenvolvido pela prefeitura, através da secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação. Na ocasião, os alunos da Escola Municipal Profª Cleusa Jordão e Escola Municipal de Educação para Surdos (EMES), puderam assistir ao espetáculo “Nelson 6 Ano Novo II”, encenado em mais de 20 países pelos atores surdos Nelson Pimenta e Fernanda Machado, do Rio de Janeiro, além de participarem de uma aula inaugural. A peça surpreende ao exprimir a importância e a necessidade das pessoas, surdas ou não, de conhecerem a linguagem de sinais em situações cotidianas, rompendo a barreira do preconceito e facilitando o convívio social com pessoas surdas.

O projeto piloto está sendo implantado na escola Profª Cleusa Jordão, no bairro da Japuíba, nos turnos da manhã, tarde e noite, às quartas-feiras, com o instrutor de LIBRAS e o professor da disciplina de Educação e Turismo, incluindo a participação dos alunos nos Corredores Culturais Marítimo e Centro-Histórico de Angra dos Reis. O objetivo é levar o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a todos os alunos ouvintes (que não são surdos), através da disciplina de Educação e Turismo, que é ministrada na rede municipal de ensino desde 2002.

O projeto é uma ação conjunta das gerências de Ensino Fundamental e de Educação Especial, e possibilita a convivência entre surdos e ouvintes a partir da utilização da LIBRAS como instrumento de comunicação, intercâmbio, instrução, cultura e organização de pensamento. Os 160 alunos da escola Profª Cleusa Jordão, onde são ministradas aulas até à oitava série, que já recebem ensino de português, inglês e espanhol em sua grade curricular, passarão a contar com uma quarta língua, abrindo assim um novo horizonte na área de comunicação.

A secretária de Educação, Stella Salomão, que esteve no Teatro Câmara Torres participando do lançamento do projeto, destacou a política de inclusão social do município como uma ação que vai além dos portadores de necessidades especiais. Para Stella, o processo começa no berço, com atendimento infantil em creches e pré-escolas e se estende até o nível superior.

“Somente com educação se consegue a efetiva inclusão social para a vida e para o trabalho. Desta forma, Angra dos Reis torna-se uma cidade inclusiva, onde todos terão oportunidades. Este projeto irá permitir que as escolas do segundo segmento compartilhem, através da disciplina de turismo, do ingresso de jovens surdos no mercado de trabalho e em atendimento ao turista, respeitando suas limitações e potencialidades”, explicou.

quinta-feira, junho 05, 2008

FAZ O QUE EU DIGO

Antônio Reis

Jornalista

Não faz muito tempo e diante dos péssimos serviços que a CEDAE vem prestando há anos a Angra – mais exatamente a ausência de quaisquer serviços relevantes – começando pelo não cumprimento das leis federais, estaduais e municipais, especialmente a que obriga as concessionárias pelo fornecimento de água, telefone e eletricidade, a instalarem medidores e cobrarem apenas o que esses medidores registrarem como consumo do usuário, o prefeito Fernando Jordão veio a público anunciar que iria municipalizar a CEDAE. Todo o abastecimento de água passaria para o município, sendo absorvido pelo SAAE. Disse o prefeito, na época, poucos meses atrás, que já iam adiantadas as negociações com o governo do Estado nesse sentido e que ele havia concordado, incluindo, aí, Wagner Victer, presidente da CEDAE. Uma boa parte da população, servida pela CEDAE, sentiu-se aliviada. Finalmente, iria ser feito o que deveria ter sido feito há muito tempo e o abastecimento de água a Angra cairia nas mãos de uma única autarquia, melhorando-se substancialmente o serviço. Porque, na verdade, nunca a CEDAE fez fosse o que fosse em prol da população que deveria servir.

Para espanto geral, surge agora a notícia de que CEDAE e SAAE irão trabalhar em conjunto, tomando medidas de melhoramento de abastecimento de água e saneamento, contando com o apoio do governador Sérgio Cabral, do presidente da CEDAE, Wagner Victer, do prefeito Fernando Jordão, do deputado do PT, Luiz Sérgio e diversos vereadores.

“Temos uma interação extremamente positiva. Já superamos outros desafios como a reabertura do Estaleiro Verolme e a eletrificação da Ilha Grande. Estamos realizando uma negociação onde não há vencedores ou perdedores, todos ganham, o estado e o município, com a melhoria da qualidade dos serviços prestados à população”, assegurou o presidente da CEDAE.

Wagner Victer explicou, ainda, que uma das fontes de captação de recursos para o investimento da CEDAE em Angra é o governo federal, através do deputado e líder do governo na Câmara Federal, Luiz Sérgio Nóbrega e da Eletronuclear. Ele elogiou o prefeito Fernando Jordão e os vereadores pela forma equilibrada como conduzem as relações com o governo do Estado. Deu para entender.

Quanto ao prefeito, limitou-se a esclarecer que: “Partimos para o entendimento em prol da população. O importante é que a população seja atendida e que a CEDAE invista em Angra. Para isso vamos zerar o passado e a CEDAE vai realizar investimentos em saneamento em Angra”.

Isso não é verdade. O governo municipal anunciou que, pelo menos, 60% dos consumidores servidos pela CEDAE não pagam água em Angra há cerca de 15 anos. Pelo acordo com a prefeitura, serão cobrados cinco anos desse período, com descontos e parcelamentos que irão variar de acordo com a condição econômica do consumidor. Nem uma palavra ou atitude sobre a lei federal e estadual que diz que não podem ser cobrados abastecimentos que não sejam determinados por medidores, cuja instalação e manutenção são da responsabilidade da concessionária. Que está proibida, por lei, a cobrança de fornecimentos por estimativa. Quer dizer, mais uma vez o consumidor pagará a conta pelo não cumprimento da lei. E, desta vez, com o aval da prefeitura e da Câmara Municipal.

Por favor, chega de tentar tapar o sol com uma peneira...

***

A Viação Senhor do Bonfim, detentora do monopólio abusivo do transporte coletivo em Angra, continua de mal a pior, no que diz respeito aos (des)serviços que presta aos usuários. Só seus lucros melhoram Nos próximos dias se mostrará por que e como, além do que está sendo cogitado pela população.