sábado, setembro 13, 2008

ALEA JACTA EST

Vanessa Seik

Bióloga e ambientalista

Cronista do jornal A Palavra, de Angra dos Reis

Sempre gostei de usar frases de efeito, dessas que fazem a gente parecer mais sabido e erudita do que na realidade é. Como é o caso dessa aí do título e que significa, em latim, “a sorte está lançada” e era proclamada, alto e em bom tom, pelo imperador, no início dos jogos romanos, no começo de cada combate. A ela foi acrescentado, depois, um pouco convincente “que vença o melhor”.

É verdade. Neste momento, em todos os municípios brasileiros vale essa proclamação. Inclusive em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, a chamada pérola da Costa Verde .

Estamos em cima das eleições municipais de 2008, uma espécie de prévia das eleições de 2010, que indicarão o novo presidente da Republica e o novo Congresso, bem como os governos estaduais e o futuro imediato da posição do Brasil no Mercosul.

Em, Angra, como era previsível há anos, a situação vai ser decidida entre o atual governo e o PT, ávido de poder nesta região que, durante 12 anos, governou e mal. Por isso mesmo (por ter governado mal) amargou duas pesadas e acachapantes derrotas, em 2000 e 2004.

Este ano, o Partido dos Trabalhadores aparece-nos com uma candidata simpática, honesta, esforçada, mas mal assessorada e despreparada para a administração da res publica, - mais uma palavra de belo efeito e que significa coisa pública - a ex-vereadora Conceição Rabha, que não traz na bagagem de campanha um plano de governo concreto e bem elaborado, risível e de imediato e esperançoso resultado para o município. Apenas lugares comuns, fait divers (mais uma expressão de belo efeito, agora francesa, significando fatos comuns, banais), sobre a necessidade de mais e melhor educação, mais e melhores serviços de saúde pública, mais emprego e renda, mais cultura, etc., etc.. Isso, só por si, não basta. Aliás, é muito pouco, quase nada. Todos estamos carecas de saber que o ensino, a saúde pública e o emprego e renda estão um caos, no país inteiro inclusive, embora alguma coisa no capítulo de emprego tenha vindo a ser tentado a nível federal.De qualquer forma, todos os candidatos, desde o aspirante a vereador ao que almeja a Presidência da República, falam e nos mostram a mesma coisa. O resultado, depois, é o que está aí...

Do outro lado da barricada está Tuca Jordão – por sinal primo do atual re-prefeito (foi eleito em 2000 e re-eleito em 2004) – vocês não esperavam aprender um novo vocábulo como esse de re-prefeito, não é mesmo? – as coisas não parecem muito mais animadoras para a população. Acontece, porém, que Tuca, embora sem grande experiência para governar um município como este, cheio de dinheiro e de problemas , tem por trás dele, blindando-o e manejando a batuta do poder, um homem chamado Fernando Jordão, o tal re-prefeito, que em oito anos mudou a cara da cidade, voltou Angra de novo de frente para o mar e lançou-a, é indiscutível, no caminho da completa mudança e de um futuro que pode ser muito promissor e acabar, de vez, com o medo do saudoso Chico Xavier.

Finalmente, a nuvem negra e pesada que o sensitivo via ou sentia sobre a cidade, começou a desvanecer-se e pode sumir. Tudo depende de como se conduzir o novo alcaide, que sairá das urnas no dia 05 de outubro.

E, em 2010, seja o que Deus quiser, porque ainda não dá para saber se teremos novo rei ou um re-presidenmte travestido de rainha... embnora, mesmo eu sendo mulher, não bote muita fé na mãe do PAC...

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