quarta-feira, julho 09, 2008

SAÚDE, SAÚDE, QUE DOENÇA!

Antônio Reis Jornalista,
editor chefe do jornal
A Palavra, de Angra dos Reis, Costa Verde, sul fluminense E-mail: realart@ig.com.br

Foi preciso que perto de meia centena de bebês morressem, em um mês, num hospital do Pará, para que o Ministério da Saúde resolvesse abrir os seus recheados cofres e liberasse dinheiro para adquirir equipamentos e contratar profissionais para essa importante unidade de saúde!
Os profissionais que ali trabalham há muito vinham reclamando das precárias condições em que o hospital, especialmente na sua ala de pediatria, vinha funcionando (na realidade, pelo que a mídia nacional mostrou, toda a unidade)
Isto não é apenas uma vergonha. É um caso de polícia, um crime de lesa humanidade, um caso a merecer investigação e punição, exemplar, de todos os responsáveis, de Brasília a Belém. Infelizmente, todos sabemos que vai ficar por isso mesmo, sem responsabilização de ninguém. É muito triste e decepcionante. Desencorajador mesmo. Faz-nos pensar: "Vale a pena lutar por um país governado por gente deste calibre?"
Apesar de tudo e pesa a revolta, ainda acreditamos que sim. E uma das oportunidades está chergando aí, com as eleições municipais. Que tal trocar o saco de cimento, os tijolos, os R$ 50,00 ou apenas R$ 10,00 que um mcandidato lhe oferece, por um murro na cara e um voto consciente na urna ou, na falta dele, pela anulação desse voto, pura e simples?
Enquanto isso, em Angra dos Reis, pérola da Costa Verde, as coisas não são muito diferentes. Dia destes, na espera de quase duas horas após o horário marcado para uma consulta, só se escutavam desabafos desesperados e revoltados contra o estado quase calamitoso em que se encontra a nossa saúde pública, em vários setores. Atenção, prefeito Fernando Jordão! O que escutávamos não era nada lisonjeiro para o senhor! Bem sabemos que o prefeito não pode ser culpado diretamente pelo que dá errado na sua administração. Mas, no caso da saúde, como em outros, o único e principal personagem que paga o pato é o senhor.
Muita gente que sabe de coisas que o poderiam ajudar neste ocaso melamcólico de governo, não obtêm nem resposta quando tentam conversar com o senhor. É lamentável que assim seja, até porque o senhor, como prefeito, fez um bom governo, especialmente no primeiro mandato. Depois se encerrou numa torre de marfim, blindada pela sua popularidade e reconhecimento da população e muita coisa começou a sair dos trilhos. E o senhor parece não querer escutar ninguém. É uma pena, porque o seu governo, a sua integridade e a história de sua vida e de sua família merecem algo bem melhor do que vem se escutando pelas esquinas da sua cidade e município.
No caso específico da saúde pública, prefeito, o senhor está sendo mal informado. As coisas não estão, nem pouco mais ou menos boas, como talvez o informem.
Como diria o filósofo cansado de viver a vida e conhecer os homens: "Desconfie! Desconfie sempre dos que o informam bajulando! E veja você mesmo!"
E como também diz a sabedoria popular: "Quem lhe avisa..."

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