quarta-feira, julho 30, 2008

AINDA TEMOS GOVERNO?

Hernandez Quintanilha
Consultor de empresas e colunista do jornal A Palavra
de Angra dos Reis/RJ

Há momentos em que a gente se pergunta: "Será que ainda temos governo neste município? Especialmente na área de saúde, educação e transportes?"
A resposta não é tão simples como pode parecer a uma primeira leitura.
Claro que continuamos com um prefeito eleito e re-eleito, Fernando Jordão, que agora se prepara para eleger o seu sucessor, que será, se vencedor do pleito, continuador da sua obra, notável em muitos aspectos. Temos um secretário de saúde, Dr. Edson Miranda, que pouca gente sabe para o que serve e um diretor presidente de uma toda poderosa Fundação de Saúde de Angra dos Reis (FuSAR), Dr. Gilberto, (sucessor de João Domingos) que, na realidade, reina absoluto na saúde pública do município.
Mas contemos um caso paradigmático acontecido há dias, entre tantos outros, envolvendo o CEM - Centro de Especialidades Médicas (antigo PAM).
Uma paciente, pagadotra religiosa de seus tributos, taxas e impostos, portanto com todo o direito ao que a Constituição e os Regulamentos do SUS lhe garantem - ou deveriam garantir - precisou, com relativa urgência, de uma consulta de endocrinologia, recomendada por sua médica de clínica geral. Como de praxe, dirigiu-se ao CEM, à sala de marcação de consultas.
Aí começou o calvário.
Primeiro porque, apesar de idosa, teve que enfrentar uma fila única, com uma montanha de gente também necessitando de consultas mas bem mais jovens.
Quando chegou a sua vez, foi informda de que deveria voltar uma semana mais tarde para saber se o endocrinologista, Dr. Carlos Henrique, já tinha informado quando abriria sua agenda para marcações.
Pacientemente, a paciente voltou uma semana depois e foi informada que sim, senhora, o endocrinologista abriria a marcação de consultas quinze dias mais tarde.
Quinze dias depois, a doente, já sentindo os efeitos negativos que a ausência do especialista estavam lhe cauisando à saúde, voltou ao CEM. Sua consulta foi, por fim, marcada para daí a quase um mês!
Sem opção, a paciente esperou o tempo que lhe foi imposto e, no dia e hora da consulta lá estava, cada vez sentindo-se pior. Ao chegar à recepção para saber para que sala se deveria dirigir, foi secamente informada que o doutor não viria e que ela deveria volotar à sala de marcações, para fazer uma remarcação!
E lá foi a nossa heroína (mártir dessa monstruosidade) fazer a rematrcação, que foin agendada para 18 dias mais tarde!!
Diante disto, é ou não lícito perguntar: "Será que ainda temos governo, secrecretário de saúde, FuSAR ou lá o que seja, neste município?
Por favor, prefeito! Cadê o senhor, que ninguém o vê nem sente sua mão pesada em cima de seus subordinados?

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