terça-feira, fevereiro 19, 2008

O que está acontecendo com Angra dos Reis?

O que está acontecendo realmente com Angra dos Reis, neste final da primeira década de 2000, é muito estranho, muito confuso, surreal demais para não ser fruto de uma orquestração magistral, para cujo autor eu tiro o chapéu. É fantástica a condução das operações, a realização, aparentemente natural das mesmas, - pese embora o espetacular circense que as tem caracterizado.
Jamais Angra esteve exposta desta forma à fúria justiceira da PF, dos Ministérios Públicos, da mídia sensacionalista (às vezes não mal intencionada, apenas ingênua).
As acusações, denúncias, graves faltas supostamente cometidas (porque nunca provadas ou julgadas) sucedem-se. Hoje em órgãos públicos, até então insuspeitos, amanhã no Executivo, logo depois no Legislativo, com exposição pública à execração da sociedade, sem que tenham tido sequer oportunidade de defesa.
É lamentável que isso aconteça, lançando na lama e nos anais da patologia psicológica e irreversível, uma geração traumatizada, sem necessidade disso. Afinal, não vivemos em nenhum PREC (Processo Revolucionário em Curso), pelo menos, por enquanto, - e queira Deus que Hugo Chavez se esqueça do Brasil, nesse aspecto.
Hoje é muito simples, para qualquer cidadão, entrar com um processo de denúncia contra quem quer que seja; é fácil que a Justiça conceda a autorização de quebra de sigilo telefônico, onde qualquer conversa, por mais inocente que pareça, pode ter duas ou mais interpretações e pronto! Lá está toda aquela família, incluindo menores de idade e crianças de colo, sujeitas a intervenções policiais espetaculares e extremamente traumáticas, na residência do denunciado, sem qualquer prova, apenas sob os auspícios dos fatídicos indícios.
Quem vai cuidar dos traumas inevitáveis e já mostrados publicamente, desses adultos e dessas crianças? Os orquestradores, os armadores dessas tramas diabólicas? Claro que não! O Estado, aí legalmente ausente? Certamente que também não, porque nos casos em que se pode dizer que estava presente, nada fez; Então, de quem será o ônus da culpa.
É isso que é preciso descobrir para se tentar pôr cobro, de uma vez, a essa fúria criminosa dos delatores sem escrúpulos, passivamente aceitas por uma PF e um MP, anedóticos por omissão das mais elementares regras da lógica: será que fulano é mesmo culpado? Vamos tratá-lo como culpado ou como suspeito - há diferenças, ao que rezam os estatutos judiciais.
Até mais. Por hoje já estou sufiucientemente enojado.
É verdade, ia me esquecendo: meu nome é Antônio Reis e costumo assumir a responsabilidade por aquilo que digo ou escrevo. Ao contrário de uns e de outros, que se escondem atrás de apelidos indecifráveis. Entendido, Baltazar?

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